Anton Makarenko
Makarenko nasceu em 1888 na Ucrânia. Era filho de um operário ferroviário e de uma dona de casa. Como a maioria das crianças daquela época, aprendeu a ler e escrever em casa, com o auxílio da mãe e logo depois foi matriculado em uma escola primária. No colégio teve acesso ás disciplinas de língua russa, aritmética, geografia, história, ciências naturais, física, desenho, canto, ginástica e catecismo, mas infelizmente não pode estudar a sua língua materna, a ucraniana, pois foi proibida pelo império czarista na Rússia e nem lógica e filosofia, exclusivas da elite.
Ao completar 17 anos, Makarenko finalizou o curso de magistério e entrou em contato com as idéias de Lênin e Máximo Gorki, que influenciaram sua visão de mundo e de educação.
Em 1906, ocorreu sua primeira experiência em sala de aula, na Escola Primária das Oficinas Ferroviárias, onde ficou durante oito anos. Logo assumiu a direção de uma escola secundária. Com a ajuda dos pais e professores, ampliou o espaço cultural e modificou o currículo. Estabeleceu o ensino da língua ucraniana.
A experiência mais marcante foi quando assumiu a direção da Colônia Gorki, em 1920 a 1928, era uma instituição que atendia crianças e jovens órfãos que haviam vivido na marginalidade. Nesta escola ele pôs em prática um ensino que privilegiava a vida em comunidade, a participação da criança na organização da escola, o trabalho e a disciplina.
Morreu em 1939, de ataque cardíaco durante uma viagem de trem.
Este blog foi criado para postar publicações voltada para a formação político pedagógico (politica educacional, sindical) do professor, indicação de bibliografias, documentos de pesquisa científica em ciências, biologia e materias correlatas, uso das novas tecnologias na educação do século XXI.
terça-feira, 21 de junho de 2011
domingo, 27 de março de 2011
FUNDAMENTOS DA ESCOLA DO TRABALHO / Pistrak, M.M.
Pistrak defende o trabalho como categoria principal para a reflexão teórico-pedagógica e para a expressão prática da escola, vinculada à vida da comunidade. Para ele, o projeto pedagógico socialista deve se basear na idéia do coletivo e ser parte do movimento mais amplo de transformação social. Como vincular o plano de vida de cada estudante ao processo de transformação social, no qual o estudo, o trabalho, as atividades culturais e políticas façam parte de um programa de educação para que este se assuma como sujeito da construção de uma nova sociedade? A contribuição de Pistrak, que é um processo de construção de uma pedagogia social, possibilita ao leitor assimilar novos elementos para sua formação e prática social.
STF julga a ADDIn.
STF pode julgar ADIn da lei do Piso nesta quinta feira
24/03/2011
Em reunião com a Frente Parlamentar em Defesa do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério e a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) na terça-feira, 22, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, comprometeu-se a pautar o julgamento do mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI n 4.167), movida por cinco governos estaduais contra a Lei do Piso (Lei 11.738), para esta semana.
De acordo com o ministro Peluso, a referida ADI deverá – salvo algum grande imprevisto – ser julgada até o dia 31 de março. Contudo há a possibilidade de o julgamento ocorrer nesta quinta-feira, 24. A CNTE acompanhará a votação no STF
24/03/2011
Em reunião com a Frente Parlamentar em Defesa do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério e a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) na terça-feira, 22, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, comprometeu-se a pautar o julgamento do mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI n 4.167), movida por cinco governos estaduais contra a Lei do Piso (Lei 11.738), para esta semana.
De acordo com o ministro Peluso, a referida ADI deverá – salvo algum grande imprevisto – ser julgada até o dia 31 de março. Contudo há a possibilidade de o julgamento ocorrer nesta quinta-feira, 24. A CNTE acompanhará a votação no STF
Melhoria da educação em São Paulo, o Estado mais rico da nação, segundo os professores de Baurú.
Professores preveem melhoria na educação apenas em uma década
Jornal da Cidade de Bauru, 24/03
No mínimo uma década. Esse é o tempo que a maioria dos educadores e representantes de entidades de classe acredita que seria necessário para que a educação pública pudesse apresentar melhorias, se os investimentos e políticas necessários fossem acatados pelos governos hoje.
“Todo país que teve um problema de educação e investiu fortemente no PIB e em força-tarefa levou, pelo menos, dez anos para ver resultados”, ressaltou a presidente da Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) e membro do Conselho Nacional de Educação, Maria Izabel Azevedo Noronha.
A defasagem de investimentos na escola pública estadual e a falta de um plano de carreira que contemple a evolução funcional e aumento de salários de profissionais da educação foram pontos discutidos na manhã de ontem, em audiência pública na Câmara Municipal.
O evento reuniu diversos profissionais e dirigentes da esfera estadual da área da educação, além de aposentados, membros da Associação dos Professores Aposentados do Magistério Público do Estado de São Paulo (Apampesp).
O Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação do Estado de São Paulo (Afuse), Sindicato de Supervisores de Ensino do Magistério Oficial no Estado de São Paulo (Apase), Centro do Professorado Paulista (CPP) e Apeoesp também estiveram representados e participaram da audiência expondo seus pontos de vista, críticas e exigências frente ao plano de carreira dos profissionais, que foi o assunto central das discussões.
As audiências ocorrem em todo o Estado de São Paulo, em macrorregiões como Bauru. Todas as propostas e reivindicações das audiências serão reunidas e entregues ao governo do Estado.
“Além de debater pontos centrais da carreira do magistério, as audiências antecipam a organização e mobilização de atividades que teremos em São Paulo. No dia 30 de março vamos discutir na Assembleia Legislativa o plano de carreira, e pediremos apoio dos deputados. No dia 1º de abril, defronte à Praça da República, pretendemos reunir entidades e educadores em uma grande assembleia. Vamos querer saber se o secretário da Educação do Estado de São Paulo vai ou não vai repor os 74% de perdas salariais da categoria dos últimos anos.”
Secretaria
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o secretário de Educação do Estado, Herman Jacobus Cornelis Voorwald, ainda está realizando uma série de visitas pelas para coletar propostas e documentos de órgãos representativos da categoria, sendo que a análise das reivindicações e viabilidade de ações serão feitas em período posterior.
Falta de docentes
Na audiência de ontem, o presidente do Centro do Professorado Paulista (CPP), José Maria Cancelliero, chamou a atenção para a atual defasagem de professores em sala de aula.
“Não é só o aluno que, na primeira oportunidade que tem, vai para a escola particular. O professor também está deixando a sala de aula, inclusive das escolas públicas, frente às más condições de trabalho”, alegou. “A maioria hoje que procura a carreira de licenciatura é porque não teve outra opção.”
A presidente da Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) e membro do Conselho Nacional de Educação, Maria Izabel Azevedo Noronha, concorda. “Hoje não falta aluno nas escolas públicas. O maior problema é a falta dos próprios professores, que estão deixando as salas de aula e indo para outras profissões”, pontuou.
Carreira deve possibilitar evolução profissional, defendem entidades
O novo plano de carreira pleiteado e elaborado entre as entidades de classe tem como um dos principais pilares resgatar os direitos que foram perdidos pelos profissionais com a entrada em vigor da lei 836/97.
“O plano de carreira que temos é de 1997. Tal legislação, na verdade, prejudicou os profissionais. Antes da reformulação, tínhamos um plano do ano de 1985 e nele existia uma possibilidade maior de evolução dos profissionais de educação, o que não acontece atualmente”, ressaltou a diretora estadual da Apeoesp, Suzi da Silva.
“Nós queremos uma carreira aberta, que possibilite ao professor ocupar e passar para cargos de supervisão, direção. E além disso, a evolução deve ser acompanhada também por progresso salarial, que deve, inclusive, contemplar os aposentados”, salientou Suzi.
Outro ponto discutido diz respeito ao limite para a evolução funcional dos profissionais. “Atualmente, o teto é o nível 5, sendo que um professor de nível superior começa a carreira no nível 4, ou seja, ele sobe um nível após cinco anos e estaciona”, indicou Suzi.
Outra exigência debatida na audiência faz referência à diferença salarial entre professores do ensino fundamental. “Hoje, professores que trabalham com alunos de 1ª à 4ª séries recebem menos do que aqueles que atuam com outras faixas do ensino fundamental. Se o nível exigido de formação é o mesmo, por que a diferença salarial? Nós temos que corrigir essa distorção”, frisou a presidente da Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) e membro do Conselho Nacional de Educação, Maria Izabel Azevedo Noronha.
Ela ainda lembrou que as entidades e sindicatos têm como base, ao elaborar um novo plano de carreira que atenda a interesses de educadores e profissionais, a própria legislação.
“Nós temos a lei que estabelece o piso salarial profissional nacional, que assegura, desde 2009, que os planos de carreira deveriam ser reorganizados ou criados”, comentou.
Outra exigência central na pauta das reivindicações visa estabelecer uma nova divisão de jornada aos educadores. “Hoje, o professor fica 83% do tempo com alunos em sala de aula. Sobram apenas 17% do tempo para preparar provas, planejar aulas, entre outras atividades. E os cursos de formação, geralmente, são oferecidos em finais de semana, isso é um absurdo”, expôs Maria Izabel.
Assim, o ideal, defendido pela Apeoesp e por outras entidades, seria a destinação de no mínimo 33% do tempo de trabalho do professor para atividades extraclasse numa proposta de jornada de 40 horas, sendo 20 horas de trabalho com alunos em sala de aula. O restante das horas seriam voltadas à atividades de Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC), por exemplo.
Jornal da Cidade de Bauru, 24/03
No mínimo uma década. Esse é o tempo que a maioria dos educadores e representantes de entidades de classe acredita que seria necessário para que a educação pública pudesse apresentar melhorias, se os investimentos e políticas necessários fossem acatados pelos governos hoje.
“Todo país que teve um problema de educação e investiu fortemente no PIB e em força-tarefa levou, pelo menos, dez anos para ver resultados”, ressaltou a presidente da Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) e membro do Conselho Nacional de Educação, Maria Izabel Azevedo Noronha.
A defasagem de investimentos na escola pública estadual e a falta de um plano de carreira que contemple a evolução funcional e aumento de salários de profissionais da educação foram pontos discutidos na manhã de ontem, em audiência pública na Câmara Municipal.
O evento reuniu diversos profissionais e dirigentes da esfera estadual da área da educação, além de aposentados, membros da Associação dos Professores Aposentados do Magistério Público do Estado de São Paulo (Apampesp).
O Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação do Estado de São Paulo (Afuse), Sindicato de Supervisores de Ensino do Magistério Oficial no Estado de São Paulo (Apase), Centro do Professorado Paulista (CPP) e Apeoesp também estiveram representados e participaram da audiência expondo seus pontos de vista, críticas e exigências frente ao plano de carreira dos profissionais, que foi o assunto central das discussões.
As audiências ocorrem em todo o Estado de São Paulo, em macrorregiões como Bauru. Todas as propostas e reivindicações das audiências serão reunidas e entregues ao governo do Estado.
“Além de debater pontos centrais da carreira do magistério, as audiências antecipam a organização e mobilização de atividades que teremos em São Paulo. No dia 30 de março vamos discutir na Assembleia Legislativa o plano de carreira, e pediremos apoio dos deputados. No dia 1º de abril, defronte à Praça da República, pretendemos reunir entidades e educadores em uma grande assembleia. Vamos querer saber se o secretário da Educação do Estado de São Paulo vai ou não vai repor os 74% de perdas salariais da categoria dos últimos anos.”
Secretaria
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o secretário de Educação do Estado, Herman Jacobus Cornelis Voorwald, ainda está realizando uma série de visitas pelas para coletar propostas e documentos de órgãos representativos da categoria, sendo que a análise das reivindicações e viabilidade de ações serão feitas em período posterior.
Falta de docentes
Na audiência de ontem, o presidente do Centro do Professorado Paulista (CPP), José Maria Cancelliero, chamou a atenção para a atual defasagem de professores em sala de aula.
“Não é só o aluno que, na primeira oportunidade que tem, vai para a escola particular. O professor também está deixando a sala de aula, inclusive das escolas públicas, frente às más condições de trabalho”, alegou. “A maioria hoje que procura a carreira de licenciatura é porque não teve outra opção.”
A presidente da Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) e membro do Conselho Nacional de Educação, Maria Izabel Azevedo Noronha, concorda. “Hoje não falta aluno nas escolas públicas. O maior problema é a falta dos próprios professores, que estão deixando as salas de aula e indo para outras profissões”, pontuou.
Carreira deve possibilitar evolução profissional, defendem entidades
O novo plano de carreira pleiteado e elaborado entre as entidades de classe tem como um dos principais pilares resgatar os direitos que foram perdidos pelos profissionais com a entrada em vigor da lei 836/97.
“O plano de carreira que temos é de 1997. Tal legislação, na verdade, prejudicou os profissionais. Antes da reformulação, tínhamos um plano do ano de 1985 e nele existia uma possibilidade maior de evolução dos profissionais de educação, o que não acontece atualmente”, ressaltou a diretora estadual da Apeoesp, Suzi da Silva.
“Nós queremos uma carreira aberta, que possibilite ao professor ocupar e passar para cargos de supervisão, direção. E além disso, a evolução deve ser acompanhada também por progresso salarial, que deve, inclusive, contemplar os aposentados”, salientou Suzi.
Outro ponto discutido diz respeito ao limite para a evolução funcional dos profissionais. “Atualmente, o teto é o nível 5, sendo que um professor de nível superior começa a carreira no nível 4, ou seja, ele sobe um nível após cinco anos e estaciona”, indicou Suzi.
Outra exigência debatida na audiência faz referência à diferença salarial entre professores do ensino fundamental. “Hoje, professores que trabalham com alunos de 1ª à 4ª séries recebem menos do que aqueles que atuam com outras faixas do ensino fundamental. Se o nível exigido de formação é o mesmo, por que a diferença salarial? Nós temos que corrigir essa distorção”, frisou a presidente da Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) e membro do Conselho Nacional de Educação, Maria Izabel Azevedo Noronha.
Ela ainda lembrou que as entidades e sindicatos têm como base, ao elaborar um novo plano de carreira que atenda a interesses de educadores e profissionais, a própria legislação.
“Nós temos a lei que estabelece o piso salarial profissional nacional, que assegura, desde 2009, que os planos de carreira deveriam ser reorganizados ou criados”, comentou.
Outra exigência central na pauta das reivindicações visa estabelecer uma nova divisão de jornada aos educadores. “Hoje, o professor fica 83% do tempo com alunos em sala de aula. Sobram apenas 17% do tempo para preparar provas, planejar aulas, entre outras atividades. E os cursos de formação, geralmente, são oferecidos em finais de semana, isso é um absurdo”, expôs Maria Izabel.
Assim, o ideal, defendido pela Apeoesp e por outras entidades, seria a destinação de no mínimo 33% do tempo de trabalho do professor para atividades extraclasse numa proposta de jornada de 40 horas, sendo 20 horas de trabalho com alunos em sala de aula. O restante das horas seriam voltadas à atividades de Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC), por exemplo.
Carga de trabalho do Professor em São Paulo.
SÃO PAULO TEM A MAIOR CARGA DE TRABALHO DOS PROFESSORES EM SALA DE AULA
Levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), à qual a APEOESP é filiada, mostra que a rede estadual de ensino de São Paulo pratica a menor porcentagem da jornada de trabalho dos professores destinada a atividades fora da sala de aula: apenas 17%, contra 83% da jornada em atividades com alunos em sala de aula!
Para se ter ideia, o estado com maior índice de atividades fora da sala de aula é o Mato Grosso do Sul, com 50% da jornada destinados à preparação de aulas, correção de trabalhos, trabalho pedagógico coletivo, formação continuada e outras. Em outros oito estados esse percentual é superior a 30% e em todas os demais é de pelo menos 20% da jornada.
As atividades extraclasses são fundamentais para a qualidade do ensino. Entre elas, as mais importantes se relacionam com a formação continuada no próprio local de trabalho, que o Estado deveria prover, em convênios com as universidades públicas, buscando aliar a teoria à prática pedagógica e, assim, aproximar a escola real – com todas as suas potencialidades e seus problemas – da escola ideal que todos almejamos.
A excessiva carga de trabalho com alunos, em sala de aula, ajuda a explicar o adoecimento dos professores. Pesquisas realizadas pela APEOESP em 2003 e em 2010 mostram alta incidência de doenças da voz, estresse, LER, tendinites e outras enfermidades entre os professores. A atual conformação da jornada de trabalho prejudica os docentes e afeta a qualidade do ensino.
A APEOESP luta pela recomposição da jornada de trabalho que deve ser composta por 50% de trabalho em sala de aula e 50% de atividades extraclasses (Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo e Horário de Trabalho Pedagógico Individual). Esta é a posição que temos defendido na discussão sobre o plano de carreira que ora ocorre na rede estadual de ensino. De imediato, lutamos para que seja implantada a composição da jornada de trabalho prevista na Lei 11.738/08 (Piso Salarial Profissional Nacional) que prevê no mínimo 33% para atividades extraclasses.
Nos próximos dias, inclusive, o assunto entrará na pauta do Supremo Tribunal Federal em razão da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4167 movida em 2008 pelos governos do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará (com apoio dos então governadores de São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Roraima e do Distrito Federal).
Condições de trabalho, jornada adequada e políticas educacionais que atendam às necessidades dos professores, demais profissionais da educação e dos estudantes, consolidadas em um Plano Estadual de Educação, são o caminho para uma educação pública de qualidade. De imediato, valorizar os professores por meio de um reajuste salarial de 36,74% para recuperar o poder de compra da categoria e a recompor a jornada de trabalho, sem redução salarial, são providências essenciais na rede pública de ensino de São Paulo.
Levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), à qual a APEOESP é filiada, mostra que a rede estadual de ensino de São Paulo pratica a menor porcentagem da jornada de trabalho dos professores destinada a atividades fora da sala de aula: apenas 17%, contra 83% da jornada em atividades com alunos em sala de aula!
Para se ter ideia, o estado com maior índice de atividades fora da sala de aula é o Mato Grosso do Sul, com 50% da jornada destinados à preparação de aulas, correção de trabalhos, trabalho pedagógico coletivo, formação continuada e outras. Em outros oito estados esse percentual é superior a 30% e em todas os demais é de pelo menos 20% da jornada.
As atividades extraclasses são fundamentais para a qualidade do ensino. Entre elas, as mais importantes se relacionam com a formação continuada no próprio local de trabalho, que o Estado deveria prover, em convênios com as universidades públicas, buscando aliar a teoria à prática pedagógica e, assim, aproximar a escola real – com todas as suas potencialidades e seus problemas – da escola ideal que todos almejamos.
A excessiva carga de trabalho com alunos, em sala de aula, ajuda a explicar o adoecimento dos professores. Pesquisas realizadas pela APEOESP em 2003 e em 2010 mostram alta incidência de doenças da voz, estresse, LER, tendinites e outras enfermidades entre os professores. A atual conformação da jornada de trabalho prejudica os docentes e afeta a qualidade do ensino.
A APEOESP luta pela recomposição da jornada de trabalho que deve ser composta por 50% de trabalho em sala de aula e 50% de atividades extraclasses (Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo e Horário de Trabalho Pedagógico Individual). Esta é a posição que temos defendido na discussão sobre o plano de carreira que ora ocorre na rede estadual de ensino. De imediato, lutamos para que seja implantada a composição da jornada de trabalho prevista na Lei 11.738/08 (Piso Salarial Profissional Nacional) que prevê no mínimo 33% para atividades extraclasses.
Nos próximos dias, inclusive, o assunto entrará na pauta do Supremo Tribunal Federal em razão da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4167 movida em 2008 pelos governos do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará (com apoio dos então governadores de São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Roraima e do Distrito Federal).
Condições de trabalho, jornada adequada e políticas educacionais que atendam às necessidades dos professores, demais profissionais da educação e dos estudantes, consolidadas em um Plano Estadual de Educação, são o caminho para uma educação pública de qualidade. De imediato, valorizar os professores por meio de um reajuste salarial de 36,74% para recuperar o poder de compra da categoria e a recompor a jornada de trabalho, sem redução salarial, são providências essenciais na rede pública de ensino de São Paulo.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Os 200 anos de Charles Robert Darwin
CHARLES ROBERT DARWIN não foi o primeiro evolucionista como muitos pensam, nem o primeiro Darwin evolucionista. Seu avô ERASMUS DARWIN, médico e filósofo, em 1795 publicará uma obra com ideias evolucionistas precursoras de Lamarck.
Charles Darwin nasceu em 1809 e desde cedo se interessou por história natural. Cursou teologia e medicina, em concluir, preferiu botânica, zoologia e geologia. Recebeu várias influências, entre elas do botânico John Stevens Henslow e do geólogo Adam Sedgwick.
Naquela época a Geologia já estava em pleno desenvolvimento, com as obras como a de Charles Lyell que apesar de acreditar na imutabilidade das espécies, já propunha uma Terra em graduais e lentas mudanças mais antiga do que o mundo de mais de 6000 anos, baseado na simples contagem de personagens bíblicos, que ficava cada vez mais insustentável.
Em 1831, Darwin partiu a bordo do Beagle, ao lado de outros cientista Richard Francis Burton, na condição de naturalista, para uma viagem de 5 anos que tinha como missão o reconhecimento de diversas partes do mundo, incluindo as famosas ilhas Galápagos, o Brasil, Cabo Verde e Oceania. Coletando inúmeras informações e examinando vastas condições ambientais e espécies diferenciadas, Darwin logo percebeu que a Estabilidade das Espécies, o paradigma predominante da época, não explicava um série de fatos por ele verificado. Após contato com as ideias de Lamarck e de Thomas Malthus, sobre a dinâmica de crescimento populacional, Darwin, concebeu o mecanismo evolutivo que seria a essência de toda a sua teoria. A Seleção Natural. Mas Darwin não foi o único a propor o mecanismo evolutivo, na verdade esta ideia tem o co-autor Alfred Russel Wallace, que poderia ser o alvo do ódio criacionista caso Darwin não tivesse entrado em cena. Wallace também fizera uma viagem ao redor do mundo, tendo estado inclusive na Amazônia, e lera os mesmos livros que Darwin. Ambos foram reconhecidos como autores da Teoria, porém o livro de Darwin, A Origem das Espécies, foi muito mais impactante, e ele acabou levando a maior parte da fama, assim como sofrendo a maior parte da repressão do pensamento criacionista dominante.
Wallace e vários outros estudiosos, incluindo Lyell, o botânico Joseph Hooker, o entomologista Henry Walter Bates, o naturalista Fritz Müller e o morfologista Thomas Henry Huxley, se tornaram grandes admiradores e colaboradores de Darwin e se uniram na disseminação de suas ideias. Este último inclusive ficou conhecido como o "buldogue de Darwin", por defender ardorosamente as ideias de seu amigo em debates aos quais, Darwin, de temperamento tímido e discreto, não era muito dado.
Portanto, a Teoria da Evolução pela Seleção Natural, apesar de ser chamada de Darwinismo, é o resultado de um processo lento de evolução científica através de vários autores, e mesmo que Darwin nunca tivesse existido cedo ou tarde ela surgiria no meio científico, mesmo porque a simples estruturação da Biologia torna inevitável a constatação do fenômeno evolutivo, que requer uma explicação.
Documento produzido a partir de pesquisa na internet.
Charles Darwin nasceu em 1809 e desde cedo se interessou por história natural. Cursou teologia e medicina, em concluir, preferiu botânica, zoologia e geologia. Recebeu várias influências, entre elas do botânico John Stevens Henslow e do geólogo Adam Sedgwick.
Naquela época a Geologia já estava em pleno desenvolvimento, com as obras como a de Charles Lyell que apesar de acreditar na imutabilidade das espécies, já propunha uma Terra em graduais e lentas mudanças mais antiga do que o mundo de mais de 6000 anos, baseado na simples contagem de personagens bíblicos, que ficava cada vez mais insustentável.
Em 1831, Darwin partiu a bordo do Beagle, ao lado de outros cientista Richard Francis Burton, na condição de naturalista, para uma viagem de 5 anos que tinha como missão o reconhecimento de diversas partes do mundo, incluindo as famosas ilhas Galápagos, o Brasil, Cabo Verde e Oceania. Coletando inúmeras informações e examinando vastas condições ambientais e espécies diferenciadas, Darwin logo percebeu que a Estabilidade das Espécies, o paradigma predominante da época, não explicava um série de fatos por ele verificado. Após contato com as ideias de Lamarck e de Thomas Malthus, sobre a dinâmica de crescimento populacional, Darwin, concebeu o mecanismo evolutivo que seria a essência de toda a sua teoria. A Seleção Natural. Mas Darwin não foi o único a propor o mecanismo evolutivo, na verdade esta ideia tem o co-autor Alfred Russel Wallace, que poderia ser o alvo do ódio criacionista caso Darwin não tivesse entrado em cena. Wallace também fizera uma viagem ao redor do mundo, tendo estado inclusive na Amazônia, e lera os mesmos livros que Darwin. Ambos foram reconhecidos como autores da Teoria, porém o livro de Darwin, A Origem das Espécies, foi muito mais impactante, e ele acabou levando a maior parte da fama, assim como sofrendo a maior parte da repressão do pensamento criacionista dominante.
Wallace e vários outros estudiosos, incluindo Lyell, o botânico Joseph Hooker, o entomologista Henry Walter Bates, o naturalista Fritz Müller e o morfologista Thomas Henry Huxley, se tornaram grandes admiradores e colaboradores de Darwin e se uniram na disseminação de suas ideias. Este último inclusive ficou conhecido como o "buldogue de Darwin", por defender ardorosamente as ideias de seu amigo em debates aos quais, Darwin, de temperamento tímido e discreto, não era muito dado.
Portanto, a Teoria da Evolução pela Seleção Natural, apesar de ser chamada de Darwinismo, é o resultado de um processo lento de evolução científica através de vários autores, e mesmo que Darwin nunca tivesse existido cedo ou tarde ela surgiria no meio científico, mesmo porque a simples estruturação da Biologia torna inevitável a constatação do fenômeno evolutivo, que requer uma explicação.
Documento produzido a partir de pesquisa na internet.
Novo Plano de Cerreira Dos Profissionais em Educação de São Paulo
O Governador do estado de São Paulo anuciou que em breve os trabalhadores em educação terá um novo Planao de Cerreira. A maior preocupação da categoria é a falta respeito do Sr. Governador com as Leis que ele mesmo assinou, a 836/97. Esta lei previa em seu artigo 5º, a formação de uma comissão com paridade para debater este "novo Plano de Cerreira" , para a nossa surpresa, a comissão foi criada sem a inclusão de representantes dos trabalhadores em educação. É muito importante que os professores acompanhem o desenrolar desta "nova política" que o Sr. governador propoe para a categoria. Usando a internet, pesquisar este novo plano de carreira, fazer leitura sobre as novas tecnologias, compartilhar estas informações é fundamental para politizar e concientizar os professores para a nova era da educação.
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